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Evento debate compatibilidade eletromagnética em equipamentos FV
14.09.2022


Evento debate compatibilidade eletromagnética em equipamentos FV

Leandro Michels, professor da UFSM, durante o workshop na Unicamp. Foto: Canal Solar

Instituto de Pesquisas Eldorado promoveu, nesta terça-feira (13) em Campinas (SP), um workshop sobre a compatibilidade eletromagnética em equipamentos fotovoltaicos.

O evento, que ocorreu no Centro Universitário, localizado na Unicamp, contou com autoridades do setor e palestrantes do Eldorado, Inmetro, CCR Aeroportos, Labre, Instituto Fraunhofer e INRI/UFSM, que abordaram assuntos como problemas de interferências de equipamentos fotovoltaicos, normas técnicas e ensaios de EMC.

Além disso, os especialistas discorreram sobre experiências de aplicação de requisitos da Portaria nº 140/2022 – que regulamenta os requisitos técnicos de qualidade, avaliação de conformidade e a comercialização de inversores híbridos – e em outros países.

“O encontro foi muito importante para lembrar sobre a necessidade de reforçar os requisitos de qualidade dos inversores fotovoltaicos comercializados no Brasil”, destacou o Prof. Dr. Marcelo Villalva, diretor do LESF (Laboratório de Energia e Sistemas Fotovoltaicos da Unicamp).

Para o engenheiro, a nova Portaria já traz alguns requisitos sobre compatibilidade eletromagnética que devem ser atendidos pelos equipamentos e o mercado brasileiro está começando a se adaptar a esta nova realidade. “Os principais agentes dessas mudanças são os fabricantes e os laboratórios de testes juntamente com o Inmetro”.

“O LESF está trabalhando com o Eldorado para elaborar os procedimentos de testes. Alguns preliminares já foram realizados no mês de agosto em alguns inversores fotovoltaicos. Foram os primeiros testes deste tipo realizados no país”, ressaltou Villalva.

Aspectos gerais da Portaria nº140

Pedro Costa, analista executivo do Inmetro, também esteve presente no workshop e esclareceu os aspectos gerais da Portaria nº 140, que englobam: escopo (módulos, inversores, controladores de carga e baterias) e tem como foco a segurança elétrica, desempenho energético, qualidade de energia, compatibilidade com a rede, suporte ao sistema elétrico e compatibilidade eletromagnética.

“Entre os mecanismos, estão os requisitos técnicos, ensaios, declaração da conformidade do fornecedor, controle de importações, registro, etiquetagem, vigilância do mercado”, relatou Costa.

EMC: prazos de adequação

Ao longo do evento, foi discutido também sobre os prazos de adequação e a importância do teste de EMC (Compatibilidade Eletromagnética), que tem por objetivo verificar se os subsistemas operam adequadamente, quando expostos aos campos eletromagnéticos criados por eles próprios.

Gustavo Iervolino, consultor tecnológico no Instituto de Pesquisas Eldorado, discorreu sobre o assunto e mostrou uma tabela com os respectivos prazos a partir da publicação da Portaria nº 142. Segue, abaixo.

Foto: Canal Solar

Foto: Canal Solar

Laboratório de ensaios

O objetivo dos ensaios é garantir que um dispositivo, equipamento ou sistema, funcione de acordo com as suas características operacionais, no seu ambiente eletromagnético, sem impor perturbações intoleráveis aos demais equipamentos, dispositivos ou sistemas que compartilham o mesmo ambiente eletromagnético.

Ao todo, o Eldorado possui laboratórios para atender aos ensaios de compatibilidade eletromagnética, que pode ser utilizado tanto para certificação quanto para o desenvolvimento de produtos, sendo eles produtos automotivos, eletrodomésticos, médicos, telecomunicações, lâmpada LED, equipamentos de tecnologia da informação e quaisquer outros produtos ou sistema.

Foto: Canal Solar

Foto: Canal Solar

Inversores que não atenderem às normas

Leandro Michels, professor associado da Universidade Federal de Santa Maria, onde atua como pesquisador nas áreas de eletrônica de potência e sistemas fotovoltaicos, esteve no workshop e comentou sobre as consequências dos inversores que não atendem às normas de emissão de interferência eletromagnética.

“Podem, no caso, gerar problemas de comunicações e no funcionamento de outros equipamentos eletroeletrônicos – reset, wifi, loT, etc. Tendem ainda a serem mais susceptíveis a distúrbios externos – filtros de emissão ajudam muito na imunidade”, relatou.

Outro ponto citado por Michels é que os ruídos gerados podem prejudicar o próprio funcionamento (comunicação remota) do inversor, podem causar interferência no funcionamento de medidores eletrônicos de energia e causam riscos potenciais de safety em alguns casos.

“Bom fabricantes se preocupam em desenvolver produtos conformes para evitar problemas operacionais em campo, bem como produtos conformes tem menos defeitos e dão menos pós-vendas”, concluiu.


Fonte: Canal Solar


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